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cópia perfeita de realidade imperfeita

O mar revoltado de Inverno despeja no ouro deste meu areal sinuoso memórias ásperas de exactidão e realidade de tempos que foram mas já não são. À falta de reminiscências dos sonhos mais frutados ou de um qualquer momento com tanto de meigo como de eterno, perco-me na única sensação que de ti ainda posso experimentar. Escolho-te num retrato fortuito, perto o suficiente da imagem que guardo daquilo que foste para que nela possa esconder tudo o que de errado a partir de ti aconteceu. E como um só mirar não acalma os sentidos, com o meu jeito descuidado percorro a tua expressão, não como ela era mas como dela me recordo. Sei que me retribuis, com mais benevolência do que afecto, o que de imediato desencadeia uma salva de agulhas que me percorre a cada toque teu. Obrigas-me a parar, cerrar os dentes e rasgar o retrato que para sempre prometia durar. Tu foste a minha brincadeira de primária, paixão de secundário e amor de tempos confusos.
Não. Minto. Jamais chegaste a amor, pois quem aqui escreve nunca soube como amar. Prova disso é a certeza cruel de não sentir a tua falta, mas sim a da concepção irreal que para sempre guardarei de ti. Infelizmente, não há conceito ou imagem que supere a violência com que o meu corpo pede os teus doces braços perdidos em tudo o que em tempos foi teu.

"Mas a operação de escrever implica a de ler como seu correlativo dialético, e estes dois actos conexos precisam de dois agentes distintos. É o esforço conjugado do autor e do leitor que fará surgir o objecto concreto e imaginário que é a obra do espírito."

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  • Anonymous Anónimo escreveu:
    04:04  

    oh god... i know what you mean :( topo

Hábitos Breves

"Gosto dos hábitos que não duram; são de um valor inapreciável se quisermos aprender a conhecer muitas coisas, muitos estados, sondar toda a suavidade, aprofundar a amargura. Tenho uma natureza que é feita de breves hábitos, mesmo nas necessidades de saúde física, e, de uma maneira geral, tão longe quanto posso ver nela, de alto a baixo dos seus apetites. Imagino sempre comigo que esta ou aquela coisa se vai satisfazer duradouramente - porque o próprio hábito breve acredita na eternidade, nesta fé da paixão; imagino que sou invejável por ter descoberto tal objecto: devoro-o de manhã à noite, e ele espalha em mim uma satisfação, cujas delícias me penetram até à medula dos ossos, não posso desejar mais nada sem comparar, desprezar ou odiar. E depois um belo dia, aí está: o hábito acabou o seu tempo; o objecto querido deixa-me então, não sob o efeito do meu fastio, mas em paz, saciado de mim e eu dele, como se ambos nos devêssemos gratidão e estendemo-nos a mão para nos despedirmos. E já um novo me aguarda, mas aguarda no limiar da minha porta com a minha fé - a indestrutível louca... e sábia! - em que este novo objecto será o bom, o verdadeiro, o último... Assim acontece com tudo, alimentos, pensamentos, pessoas, cidades, poemas, músicas, doutrinas, ordens do dia, maneiras de viver." Friedrich Nietzsche, in 'A Gaia Ciência'