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o parque

E porque ficar em casa não é vida, - mas sim um dos muitos hábitos breves, com a distinção deste se tornar mais breve que os restantes por minha indicação - saio de casa para expulsar tudo o que possa estar contido cá dentro com uma corrida pelo parque. Diga o que se disser, nada é melhor do que uma corrida ao final da tarde pelo único sítio desta cidade onde a urbe ainda não se aventurou, preenchido por aquele perfume que todas as árvores do parque da cidade libertam. Ao mesmo tempo, é bom ver tanta gente a partilhar esta satisfação, passeando com o marido depois de um dia de trabalho mais cansativo que o normal, namorando com a sua mais que tudo, um ano e meio depois daquele primeiro beijo, treinando com o seu amigo a quem a mãe morreu faz hoje sete semanas ou divagando sozinho por entre aquele bosque que mais parece ter caído de um sonho antigo. Invariavelmente, acompanhada ou não, cada pessoa se vai isolar por uns segundos admirando tudo aquilo que a natureza nos oferece ali e todo o bem estar interior que ela cria em nós.

Por muito incógnito que possa ser o amanhã, sei que mesmo estando nos meus piores dias, o parque estará ali, pronto para trazer o meu bom humor de volta com duas corridas ou três.

"Mas a operação de escrever implica a de ler como seu correlativo dialético, e estes dois actos conexos precisam de dois agentes distintos. É o esforço conjugado do autor e do leitor que fará surgir o objecto concreto e imaginário que é a obra do espírito."

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Hábitos Breves

"Gosto dos hábitos que não duram; são de um valor inapreciável se quisermos aprender a conhecer muitas coisas, muitos estados, sondar toda a suavidade, aprofundar a amargura. Tenho uma natureza que é feita de breves hábitos, mesmo nas necessidades de saúde física, e, de uma maneira geral, tão longe quanto posso ver nela, de alto a baixo dos seus apetites. Imagino sempre comigo que esta ou aquela coisa se vai satisfazer duradouramente - porque o próprio hábito breve acredita na eternidade, nesta fé da paixão; imagino que sou invejável por ter descoberto tal objecto: devoro-o de manhã à noite, e ele espalha em mim uma satisfação, cujas delícias me penetram até à medula dos ossos, não posso desejar mais nada sem comparar, desprezar ou odiar. E depois um belo dia, aí está: o hábito acabou o seu tempo; o objecto querido deixa-me então, não sob o efeito do meu fastio, mas em paz, saciado de mim e eu dele, como se ambos nos devêssemos gratidão e estendemo-nos a mão para nos despedirmos. E já um novo me aguarda, mas aguarda no limiar da minha porta com a minha fé - a indestrutível louca... e sábia! - em que este novo objecto será o bom, o verdadeiro, o último... Assim acontece com tudo, alimentos, pensamentos, pessoas, cidades, poemas, músicas, doutrinas, ordens do dia, maneiras de viver." Friedrich Nietzsche, in 'A Gaia Ciência'